Fêmea de Culex quinquefasciatus sugando sobre a pele humana. Foto: Sandra Nagaki, SP

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Repelentes não contêm veneno, mas podem desencadear alergias

Fonte: belezaedermatologia.com
Atualmente, os princípios ativos mais utilizados na produção de repelentes para mosquitos são o DEET (Dietiltoluamida - Bayer), o IR3535 (conjunto de substâncias - Merk) e a Icaridina (picarin). Essas substâncias são sintéticas, ou seja, são produzidas em laboratório e suas fórmulas imitam moléculas da natureza.
Esses compostos não são venenos para mosquitos. E o seu modo de ação é pela volatilidade. Quando o produto é passado na pele, o calor emanado pelo corpo faz com que este seja volatilizado, formando uma nuvem ao redor. Os mosquitos, por sua vez, ao entrarem em contato com as moléculas voláteis carregando a substância alvo, têm o seu sistema olfativo ativado por meio de proteínas de ligação e receptores específicos. Esse mecanismo provoca uma cascata de reações que, por um motivo ou outro, sinalizam ao mosquito a hora de bater em retirada, fazendo com que sejam repelidos. Por outro lado, como esses compostos são sintéticos, o uso constante na pele deve ser feito com cautela devido à possibilidade de ocorrer reações de hipersensibilidade principalmente em pessoas com pré-disposição genética.

Alguns produtos repelentes usam óleos essenciais de plantas como princípio ativo. Os óleos são substâncias aromáticas e voláteis capazes de espantar várias espécies de insetos. Esses compostos estão presentes nas plantas também com esse papel de repelir insetos indesejáveis e pragas agrícolas. Por serem moléculas de alto peso molecular e com um odor forte, o uso prolongado dos óleos essenciais pode provocar uma série de reações indejáveis tanto na pele como no sistema olfatório dos seres humanos.        

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